O interfone tocou. Ao estender a
mão, achei estranho... Percebi que a mão que se estendia não parecia ser a que
me acompanhou a vida toda, era uma sensação esquisita. Uma mão que transmitia
responsabilidade, maturidade e não a que eu conhecia. O que tinha acontecido?
Eu não sabia, mas o que quer que tenha
ocorrido, eu estava convicta de que estava na hora. Hora de dar um passo à
frente, hora de confiar em si próprio. A confiança nasce a partir de você e ela,
só ela, poderá lhe dar coragem de correr atrás de seus sonhos.
Sim, eu acredito que vai dar
certo, não estou deixando para trás tudo e todos, e sim acrescentando algo na
minha vida. Algo que não é egoísmo, mas é uma coisa que me fará crescer, e quem
quiser a minha felicidade e sucesso, sei que me apoiará sempre.
Mas essa mão continuava me
incomodando... Era a minha? Mas o que ela estava fazendo com as unhas pintadas
de vermelho? Minha mãe nunca tinha deixado pintá-las assim, talvez realmente
estivesse na hora. E eu estava mais certa do que nunca: era momento de crescer
e começar a vida novamente, mas dessa vez, com responsabilidade. Era hora de
partir...
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